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Capítulo 2: CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO

Página 17
Com estas excepções (e com a da perfeita fertilidade das variedades quando cruzadas - um assunto a discutir mais tarde), as variedades domésticas da mesma espécie diferem entre si da mesma maneira, ainda que maioritariamente em menor grau, que as espécies intimamente próximas, pertencentes ao mesmo género, em estado de natureza. Penso que tem de se admitir isto quando descobrimos que dificilmente haverá uma raça ou variedade doméstica, animal ou vegetal, que algum juiz competente não tenha classificado como mera variedade e outro juiz competente não tenha classificado como descendente de uma espécie aboriginalmente distinta. Se existisse qualquer distinção óbvia entre as variedades domésticas e as espécies, esta fonte de dúvida não poderia ressurgir perpetuamente. Afirmou-se frequentemente que as raças domésticas não diferem entre si em caracteres de valor genérico. Penso que se poderia mostrar que esta afirmação dificilmente estará correcta; mas os naturalistas discordam amplamente ao determinar quais os caracteres que têm valor genérico, sendo todas essas avaliações por enquanto empíricas. Além disso, segundo a perspectiva da origem dos géneros que apresentarei em breve, nada nos permite esperar encontrar frequentemente diferenças genéricas nas nossas produções domesticadas.

Quando procuramos fazer uma estimativa da quantidade de diferenças estruturais entre as variedades domésticas da mesma espécie, cedo ficamos envolvidos em dúvida, por não sabermos se descendem de uma espécie antecessora ou de muitas. Este aspecto, se pudesse ser esclarecido, seria interessante; se, por exemplo, se pudesse mostrar que o galgo, o cão-de-santo-humberto, o terrier, o spaniel e o buldogue, cujo grau de pureza na propagação do seu

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 17

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491