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Capítulo 2: CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO

Página 24
das asas e da cauda entre si e relativamente ao corpo; o comprimento relativo da perna e das patas; o número de escutelas nos dedos das patas, o desenvolvimento de pele entre os dedos das patas, são todos aspectos de estrutura que são variáveis. O período de aquisição da plumagem perfeita varia, bem como o estado da penugem que reveste as crias das aves quando saem do ovo. A forma e o tamanho dos ovos variam. A maneira de voar difere notavelmente, como acontece com a voz e o temperamento em algumas linhagens. Por fim, em certas linhagens, os machos e as fêmeas vieram a diferir ligeiramente uns dos outros.

Ao todo, poder-se-ia escolher pelo menos uma vintena de pombos, os quais, se os apresentássemos a um ornitólogo, dizendo-lhe tratar-se de aves selvagens, seriam certamente, segundo creio, classificados pelo mesmo como espécies bem definidas. Além disso, não creio que ornitólogo algum colocasse o pombo-correio inglês, o pombo-cambalhota de bico curto, o pombo-romano, o pombo-berbere, o pombo-de-papo e o pombo-de-leque no mesmo género; mais especialmente na medida em que se lhe poderia mostrar, em cada uma destas linhagens, diversas sublinhagens hereditariamente puras, ou «espécies», como ele lhes poderia chamar.

Dada a magnitude das diferenças entre as linhagens de pombos, estou plenamente convencido de que a opinião comum dos naturalistas está correcta, nomeadamente, que todas descendem do pombo comum (Columba livia), subsumindo-se neste termo diversas variedades geográficas ou subespécies, que diferem entre si nos aspectos mais insignificantes. Como muitas das razões que me levaram a esta crença são, em maior ou menor grau; aplicáveis noutros casos, vou apresentá-las brevemente aqui. Se as diversas linhagens não são

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 24

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491