Por exemplo, podemos compreender segundo o princípio da hereditariedade como o tordo da América do Sul compõe o seu ninho com lama, da mesma maneira peculiar que o nosso tordo britânico: como os machos da carriça (
Troglodytes) da América do Norte constroem ninhos para se abrigarem, como os machos das nossas carriças - um hábito completamente diferente do de qualquer outra ave conhecida. Por fim, pode não ser uma dedução lógica mas, pelo que imagino, é muito mais satisfatório encarar instintos como os do jovem cuco que expulsar os seus irmãos adoptivos - formigas que fazem escravas -, larvas de icnêumones que se alimentam dentro dos corpos vivos de lagartas -, não como dotações especiais ou instintos criados, mas como pequenas consequências de uma lei geral conducente ao progresso de todos os seres orgânicos, nomeadamente, a da multiplicação, variação, preservação dos mais fortes e morte dos mais fracos.