o tamanho da Europa desde o Cabo Norte até ao Mediterrâneo, e desde as Ilhas Britânicas até à Rússia; e, portanto, iguala todas as formações geológicas que foram examinadas com alguma precisão, excepto as dos Estados Unidos da América. Concordo inteiramente com o Sr. Godwin-Austen que a presente condição do arquipélago malaio, com as suas numerosas grandes ilhas separadas por mares amplos e rasos, provavelmente representa o estado anterior da Europa, quando a maior parte das nossas formações se acumulavam. O arquipélago malaio é uma das regiões mais ricas de todo o mundo em seres orgânicos; porém, se se recolhesse todas as espécies que já ali viveram, quão imperfeitamente representariam a história natural do mundo!
Mas temos todas as razões para crer que as produções terrestres do arquipélago seriam preservadas de uma maneira excessivamente imperfeita nas formações que, supomos, ali se acumulam. Suspeito de que não muitos dos animais estritamente litorais, ou dos que viviam em rochas submarinas nuas, seriam incrustados; e os que são incrustados em cascalho ou areia não persistiriam até uma época remota. Onde quer que o sedimento não se acumulasse no leito do mar, ou onde não se acumulasse a um ritmo suficiente para proteger da decomposição os corpos orgânicos, não se poderiam preservar quaisquer vestígios.•
No nosso arquipélago, creio que se poderiam ter formado formações fossilíferas com espessura suficiente para durar até uma época tão distante no futuro como as formações secundárias jazem no passado, apenas durante períodos de subsidência. Estes períodos de subsidência estariam separados entre si por enormes intervalos, durante os quais a área se encontraria ou estacionária ou em elevação; durante a elevação, cada formação fossilífera seria destruída, praticamente assim que acumulada, pela acção incessante das ondas costeiras, como hoje observamos nas praias da América do Sul.
