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Capítulo 11: CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS

Página 351
Poderíamos portanto esperar encontrar, como aparentemente sucede, uma sucessão paralela menos estrita nas produções terrestres do que nas marinhas.

As espécies dominantes que se propagam a partir de qualquer região poderiam deparar-se com espécies ainda mais dominantes, e então a sua marcha triunfante, ou até a sua existência, cessaria. Não temos qualquer conhecimento preciso de todas as condições mais favoráveis à multiplicação de espécies novas e dominantes; mas penso que podemos ver claramente que certo número de indivíduos, por darem uma maior probabilidade ao aparecimento de variações favoráveis e a competição severa com muitas formas preexistentes seriam muito favoráveis, como o poder de se propagar para novos territórios. Até certo ponto, o isolamento recorrente entre longos intervalos de tempo também seria provavelmente favorável, como se explicou atrás. Uma parte do mundo pode ter sido sobremaneira favorável à produção de espécies novas e dominantes em terra, e outra às produções das águas marítimas. Se duas grandes regiões tivessem durante um longo período circunstâncias igualmente favoráveis sempre que os seus habitantes se encontrassem, a batalha seria prolongada e intensa; e a vitória poderia caber a alguns dos que nasceram num local e a alguns dos que nasceram no outro. Mas, ao longo do tempo, as formas mais dominantes, independentemente do seu local de origem, tenderiam a prevalecer em todo o lado. Predominando, causariam a extinção de outras formas, inferiores; e como estas formas inferiores seriam hereditariamente próximas em grupos, grupos inteiros tenderiam a desaparecer lentamente; podendo ainda ser possível a sobrevivência de um membro isolado, aqui e ali.

Assim, segundo me parece, a sucessão paralela e,

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pág. 351 (Capítulo 11)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 351

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491