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Capítulo 13: CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)

Página 433
, todos de formas estritamente americanas, e é óbvio que uma montanha, ao elevar-se lentamente, seria naturalmente colonizada a partir das planícies envolventes. Assim é com os habitantes dos lagos e pântanos, excepto na medida em que a grande facilidade de transporte deu a todo o mundo as mesmas formas gerais. Vemos este mesmo princípio nos animais cegos que habitam as cavernas da América e da Europa. Poder-se-ia apresentar outros factos análogos. E creio que se reconhecerá universalmente a verdade de que, onde quer que em duas regiões, por muito distantes, ocorram muitas espécies intimamente próximas ou representativas, encontrar-se-á igualmente algumas espécies idênticas, mostrando, de acordo com a perspectiva anterior, que num período antecedente houve muita intercomunicação ou migração entre as duas regiões. E onde quer que ocorram muitas espécies intimamente próximas, encontrar-se-á várias formas, classificadas por alguns naturalistas como espécies distintas e por outros como variedades; estas formas duvidosas mostram-nos as etapas no processo de modificação.

Esta relação entre a força e a amplitude da migração de uma espécie, no presente ou num período anterior sob condições físicas diferentes, e a existência em pontos remotos do mundo de outras espécies que lhe são próximas, mostra-se de outra maneira mais geral. O Sr. Gould fez-me há muito tempo a observação de que, nos géneros de aves que se distribuem por todo o mundo, diversas espécies têm distribuições muito amplas. Dificilmente poderei duvidar de que esta regra é geralmente verdadeira, ainda que difícil de provar. Entre os mamíferos, vemo-la impressionantemente exibida nos morcegos, e em menor grau nos felídeos e canídeos. Vemo-la ao comparar a distribuição das borboletas e dos escaravelhos.

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pág. 433 (Capítulo 13)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 433

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491