Capítulo 14: CAPÍTULO XIII AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
Página 451
O leitor compreenderá melhor o que se quer dizer se fizer o esforço de consultar o diagrama no Capítulo IV. Suporemos que as letras de A a L representam géneros próximos, que viveram durante a época siluriana, e estes descendem de uma espécie que existiu num período desconhecido anterior. Espécies pertencentes a três destes géneros (A, F e I) deixaram descendentes modificados ao presente, representados pelos 15 géneros (a14 a Z14) na linha horizontal superior. Todos estes descendentes modificados de uma única espécie são representados com o mesmo grau de proximidade consanguínea ou de ascendência; pode-se chamar-lhes metaforicamente «primos em milionésimo grau»; porém, diferem muito e em graus diferentes entre si. As formas que descendem de A, hoje divididas em duas ou três famílias, constituem uma ordem distinta das que descendem de I, também divididas em duas famílias. Tão-pouco podem as espécies existentes, que descendem de A, ser classificadas no mesmo género que a antecessora A; nem as descendentes de I com a antecessora I. Mas pode-se supor que o género existente F14 não sofreu senão modificações ligeiras; e será então classificado com o género antecessor F; tal como alguns seres orgânicos ainda vivos pertencem a géneros silurianos. Assim, a quantidade ou valor das diferenças entre seres orgânicos todos com o mesmo grau de proximidade consanguínea veio a ser bastante diferente. Não obstante, a sua ordenação genealógica permanece estritamente verdadeira, não só no presente, mas em cada período sucessivo de descendência. Todos os descendentes modificados de A terão herdado algo em comum do seu antecessor comum, como todos os descendentes de I; o mesmo sucederá com cada ramificação subordinada de descendentes, em cada período sucessivo.
|
|
 |
Páginas: 524
|
|
|
|
|
|
Os capítulos deste livro:
|
|
|