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Capítulo 14: CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.

Página 465
Podemos ver claramente como todas as formas vivas e extintas podem ser agrupadas conjuntamente num grande sistema; e como os diversos membros de cada classe estão interligados pelas mais complexas e irradiantes linhas de afinidade. Provavelmente, nunca desenredaremos a inextricável teia de afinidades entre os membros de qualquer classe; mas quando temos em vista um objecto distinto e não procuramos um plano de criação desconhecido, podemos esperar progredir segura mas lentamente.

Morfologia. - Vimos que os membros da mesma classe, independentemente dos seus hábitos de vida, se assemelham entre si no plano geral da sua organização. Esta semelhança exprime-se frequentemente pelo termo «unidade de tipo»; ou pela afirmação de que as diversas partes e órgãos nas diferentes espécies da classe são homólogos. Todo este tema se inclui no nome geral de «morfologia». Este é o departamento mais interessante e a própria alma da história natural, pode-se afirmar. O que pode ser mais curioso do que a mão de um homem, formada para agarrar, a de uma toupeira para escavar, a perna do cavalo, a barbatana do roaz, e a asa do morcego, serem todos construídos com base no mesmo padrão, incluindo os mesmos ossos, nas mesmas posições relativas? Geoffroy St. Hillaire insistiu energicamente na elevada importância da conexão relativa nos órgãos homólogos: as partes podem mudar de forma e tamanho em quase qualquer medida e, no entanto, permanecem sempre interligadas da mesma ordem. Nunca encontramos, por exemplo, os ossos do braço e do antebraço, ou da coxa e perna, transpostos. Pode-se, portanto, atribuir os mesmos nomes aos ossos homólogos em animais bastante diferentes. Observamos a mesma grande lei na construção das bocas dos insectos: o que pode

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pág. 465 (Capítulo 14)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 465

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491