Apocalipse - Cap. 2: Capítulo 2 Pág. 13 / 180

Acima de tudo fazem-no para sermos salvos, nos sentarmos no Trono com o Cordeiro, reinarmos em Glória, termos uma Vida Eterna e vivermos numa grande cidade de jaspe com portas de madrepérola: uma cidade onde «nem eles terão necessidade de luz de alâmpada, nem de luz do sol». Se ouvirdes o Exército de Salvação, compreendereis que os seus membros hão-de vir a ser muito grandes. Muito grandes, de facto, uma vez chegados ao céu. E então vereis como as coisas são. Vós, os seres superiores, vós Babilónia, sereis postos no vosso lugar: em pleno inferno e enxofre.

É este o tom de toda a Revelação. Depois de lermos várias vezes o precioso livro, ficaremos apenas a perceber que João o Divino trazia estampado na face o grandioso projecto de expulsar e aniquilar quem não fizesse parte dos eleitos, do povo escolhido, em suma, e de ele próprio fazer uma escalada até ao trono de Deus. Com a igreja dissidente, os fiéis apoderaram-se da ideia judaica do povo escolhido. Eles eram «aquilo», os eleitos ou os «salvos». Apoderaram-se da ideia judaica do derradeiro triunfo e do reino do povo escolhido. De cães inferiores, que eram, passaram a cães das alturas: do Céu. Se agora não estavam sentados no trono, iriam depois sentar-se no regaço do entronizado Cordeiro. É esta a doutrina que todas as noites podemos ouvir ao Exército de Salvação, ou num templo, ou numa igreja de Pentecostes qualquer. Se não for Jesus, será João. Se não for o Evangelho, será a Revelação. A religião popular é esta e diferente, o mais possível, da religião que medita.





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