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As emoções de Pencroff não iam ficar por ali; a 31 de Maio, no fim do jantar, quando o marinheiro se dispunha a levantar-se da mesa, Gedeão Spilett pôs-lhe a mão no ombro e obrigou- -o a sentar-se outra vez:
- Espere aí, mestre Pencroff, não se levante já! Falta a sobremesa.
- Obrigado, senhor Spilett, mas tenho de voltar ao trabalho.
- E uma chávena de café?
- Também não...
- E que tal uma cachimbada?
Pencroff deu um salto da cadeira e empalideceu ao ver que o repórter lhe estendia um cachimbo bem cheio de tabaco! Harbert, por seu lado, estendia-lhe uma brasa. O marinheiro não conseguia articular palavra; pegou no cachimbo, levou-o à boca, acendeu-o e puxou umas seis fumaças de seguida...
Tabaco! Era tabaco de verdade!
- Ó Divina Providência! Ó Criador de todas as coisas! Agora já não falta mais nada na nossa ilha. E quem fez esta descoberta? - perguntou, finalmente. - Foste tu, Harbert?
- Não, Pencroff, foi o senhor Spilett.
O marinheiro correu para o repórter e abraçou-o com tal veemência, que este cuidou ficar sem respiração!