Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 13: CAPÍTULO 13

Página 127
Essa carta entregar-ma-ás amanhã pela manhã, e serei eu o próprio que hei de fazê-la chegar às suas mãos; desta maneira creio que há de ter uma resposta, e por ela avaliaremos quais são as suas tenções futuras e qual o estado do seu coração ao teu respeito.

- Mas tu na verdade desejas ser o portador?...

- E que há nisso de extraordinário? Faz o que te aconselho e deixa correr o mais pela minha conta.

- Continuarei, pois, a obedecer-te: amanhã às oito horas aparece para te entregar a carta, e que Deus te agradeça os sacrifícios que fazes por mim.

Separaram-se, e, no dia seguinte, à hora aprazada, Rosa entregou-lhe a carta.

António dirigiu-se em seguida a sua casa, procurou seu amo e falou-lhe nestes termos:

- Sr. Padre Francisco, vinha pedir-lhe consentimento para me deixar ir hoje ao Porto.

- Ao Porto, para quê?!

- Para entregar esta carta à pessoa a quem vai dirigida - e mostrou-lhe o sobrescrito da missiva de Rosa.

- Essa carta é?

- De Rosa.

- Ah! já percebo: constituíste-te em parlamentário entre duas nações beligerantes.

- As circunstâncias que se têm dado obrigam-me a fazer tudo quanto possa para vê-los ambos felizes.

- Anda lá, António, anda lá; sei que és um rapaz de tino e por isso não me oponho aos teus desejos. Mais tarde talvez saibas o bem que fazes, empenhando-te pelo futuro dessa pobre rapariga... Quando quiseres, podes partir e escolhe uma das melhores carruagens da cavalariça, para ires mais depressa.

- Obrigado, Sr. Padre Francisco; e, visto dar-me licença, parto ao anoitecer, para voltar ainda esta noite e não tornar a minha ausência notada pelos outros rapazes, que decerto não descansariam enquanto não soubessem onde fui.

À noite, António desceu à cavalariça, aparelhou ele próprio uma das éguas que ali estavam e, saindo sem ser visto pela gente da casa, pôs-se a caminho para a estrada real que conduzia ao Porto, que depois seguiu a trote cerrado.

<< Página Anterior

pág. 127 (Capítulo 13)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Rosa do Adro
Páginas: 202
Página atual: 127

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CAPÍTULO 1 1
CAPÍTULO 2 6
CAPÍTULO 3 9
CAPÍTULO 4 12
CAPÍTULO 5 20
CAPÍTULO 6 31
CAPÍTULO 7 45
CAPÍTULO 8 59
CAPÍTULO 9 67
CAPÍTULO 10 84
CAPÍTULO 11 91
CAPÍTULO 12 97
CAPÍTULO 13 117
CAPÍTULO 15 140
CAPÍTULO 16 157
CAPÍTULO 17 168
CAPÍTULO 18 181
CAPÍTULO 19 193