Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 13: CAPÍTULO 13

Página 129
Ora eis tudo o que se deu.

Rosa quase que nem ouvira as últimas palavras de António, tal era a abstração em que ficara.

O rapaz, ao vê-la assim abatida, exclamou:

- Rosa, que tens que te aflige?

- Queres saber, António? - respondeu ela como acordando daquele Largo. - Assalta-me um triste pressentimento: Fernando jamais me desposará; ia jurá-lo, se tanto fosse preciso.

- Mas que motivo tens para assim pensares?

- Fala-me com franqueza: Que pensas tu dessas visitas continuadas que Fernando faz a casa da baronesa, como acabaste de dizer?

- Nada absolutamente...

- E não crês que o único motivo que o leva todas as noites a casa da baronesa seja a Deolindinha?

- Por ora não posso crer; mas, como ele vem falar-te no sábado, melhor poderás saber isso; por enquanto nada de juízos temerários.

Chegou afinal o dia aprazado.

Rosa, se por um lado parecia desejar a chegada de Fernando, por outro também temia esse encontro, como se dele dependesse a sua sorte futura. Perto da meia-noite desse dia, Fernando, cuidadosamente embuçado numa ampla capa de viagem, descavalgava nas proximidades da habitação de Rosa e, depois de prender o cavalo ao tronco de uma árvore, dirigiu-se para o quintal da casa, e fez o mesmo sinal porque antigamente se anunciava.

Rosa, que desde o anoitecer se conservara acordada e atenta, não se fez esperar muito tempo e correu imediatamente a encontrar-se com Fernando.

Foi uma cena patética em que, depois de alguns meses de ausência, aquelas mãos se apertaram freneticamente e aqueles lábios se uniram para dar o beijo das boas-vindas.

Fernando não se eximira àquelas demonstrações de afeto, e, pelo contrário, respondeu a elas com o mais sincero carinho, o que bem claramente demonstrava que no seu peito havia alguma coisa mais do que uma simples afeição para com aquela mulher.

<< Página Anterior

pág. 129 (Capítulo 13)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Rosa do Adro
Páginas: 202
Página atual: 129

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CAPÍTULO 1 1
CAPÍTULO 2 6
CAPÍTULO 3 9
CAPÍTULO 4 12
CAPÍTULO 5 20
CAPÍTULO 6 31
CAPÍTULO 7 45
CAPÍTULO 8 59
CAPÍTULO 9 67
CAPÍTULO 10 84
CAPÍTULO 11 91
CAPÍTULO 12 97
CAPÍTULO 13 117
CAPÍTULO 15 140
CAPÍTULO 16 157
CAPÍTULO 17 168
CAPÍTULO 18 181
CAPÍTULO 19 193