O jovem desvencilhou-se, afinal, dos braços da sua amante, e, menção de retirar-se, exclamou:
- Adeus, Rosa; resigna-te e crê no meu amor.
- E parte sem me dar o último beijo?
- ó filha, pois quantos queres mais?!
E, acercando-se de Rosa, deu-lhe dois frenéticos beijos; depois do que apertou entre as suas as mãos dela e retirou-se murmurando algumas frases de despedida.
A jovem, sufocada pelo choro, apenas pôde dizer entre soluços:
- Adeus, Fernandinho, não se esqueça desta desgraçada e lembre-se dos seus juramentos.
Na volta para casa, Fernando ia tristemente preocupado e por mais de uma vez exclamou:
- Pobre rapariga! Nunca nós nos tivéssemos visto... às vezes creio amá-la realmente, e, se não fosse a imagem de Deolinda, desse anjo que a cada momento se me apresenta à imaginação... Mas como poderei eu agora livrar-me de qualquer delas, se é que amo ambas, e se as acho uma e outra dignas do meu amor?! Com efeito estou numa posição bem crítica...