.. - respondeu o rapaz.
- Não jure, não jure nada - interrompeu a jovem. - Não quero contrariar-lhe os desejos.
- Aí estás tu já despeitada com o Sr. Fernando - disse a baronesa. - Visto isso, não queres que ele cumpra as suas obrigações?
- Deus me livre de tal, mamã, mas, como desde que vem a nossa casa é o primeiro dia que quer faltar sendo véspera de feriado...
- O acaso assim dispôs as coisas - continuou Fernando. V. Exa. bem sabe que eu tenho deveres a cumprir.
- Não faça caso, Sr. Fernando - disse a baronesa. - Esta minha filha tem exigências bem loucas; é uma cabeça-de-vento, que não pensa no que diz.
- Perdão, minha senhora; ela efetivamente tem razão, porque de há muito tempo é esta a primeira vez que fico preso num a véspera de feriado; contudo, o mais que posso fazer é dar parte de doente, e assim ficará satisfeita a Sra. D. Deolinda.
- Nada, nada; não quero que faça sacrifícios nem dê faltas por nossa causa; se é verdade ter amanhã o tal piquete, como lhe chama, fica desculpado, mas cuidado em não faltar à verdade, senão...
- Dou-lhe a minha palavra de honra, Sra. D. Deolinda.
- Estou convencida; mas em compensação faça-nos hoje companhia, se é que não tem também algum caso de força maior que o impeça. A mamã dá licença, não é verdade?
- Pois não, minha filha! A pergunta era escusada.
- Fica, Sr. Fernando? - perguntou a jovem, sorrindo-se.
- Com todo o gosto; estou completamente livre, e nada me pode impedir de aceder a um convite que tanto me honra.
- Ora ainda bem - respondeu D. Deolinda com ar de satisfação.
- Ao menos - exclamou a baronesa - já que está prestes a deixar-nos é necessário que seja mais assíduo nas suas visitas a nossa casa.
- Daqui até lá ainda faltam alguns meses, Sra.