Só muitos anos mais tarde, depois de alguma coisa eu ter lido sobre religiões comparadas e história das religiões, pude perceber corno era estranho o livro que, nas noites negras de terça-feira, nas igrejas do Pentecostes ou de Beauvale, inspirava aos mineiros aquele estranho sentido de autoridade especial e religiosa insolência. Estranhas e maravilhosas noites negras do norte dos Midlands, com candeeiros a gás que silvavam na capela e o rugido do vozeirão dos mineiros. Religião do povo: urna religião de autoglorificação, de poder para sempre!, e trevas. Sem gemidos corno: «ó luz suave, guiai-nos!... »