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Capítulo 3: Capítulo 3

Página 16

Quanto mais vivemos mais reparamos que há duas espécies de cristianismo: urna centrada em Jesus e no mandamento «Amai-vos uns aos outros»! -; a outra centrada, não em Paulo, ou Pedro, ou João o Bem-Amado, mas no Apocalipse. Há o cristianismo da ternura. Porém, se eu chegar até onde me é dado ver, totalmente marginalizado pelo cristianismo que autoglorifica: a autoglorificação dos humildes.

Não há meio de o impedir: a humanidade cai sempre numa divisão entre aristocratas e democratas. Durante a era cristã, os mais puros aristocratas sempre pregaram a democracia. Mas os mais puros democratas, esses tentam virar-se para a mais absoluta aristocracia. Jesus, tal corno os apóstolos João e Paulo, era um aristocrata. Só um grande aristocrata é capaz de grandes ternuras, delicadezas e altruísmos: a ternura e a delicadeza da força. O democrata, esse manifesta-nos muitas vezes a ternura e a delicadeza da fraqueza, o que é bem diferente. Mas transmite, em geral, urna sensação de dureza.

Não estamos a referir-nos a partidos políticos, mas a duas naturezas humanas de espécies diferentes: dos que se sentem de alma forte, e dos que se sentem fracos. Jesus, Paulo e, o maior deles, João, sentiam-se fortes; mas João de Patmos sentia-se, no mais fundo da alma, fraco.

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Capa do livro Apocalipse
Páginas: 180
Página atual: 16

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 27
Capítulo 6 33
Capítulo 7 46
Capítulo 8 69
Capítulo 9 75
Capítulo 10 77
Capítulo 11 89
Capítulo 12 99
Capítulo 13 102
Capítulo 14 107
Capítulo 15 112
Capítulo 16 122
Capítulo 17 128
Capítulo 18 143
Capítulo 19 149
Capítulo 20 155
Capítulo 21 160
Capítulo 22 161
Capítulo 23 162
Capítulo 24 170