As Pupilas do Senhor Reitor - Cap. 22: XXII Pág. 152 / 332

.. está feito... Já era assim mais jeitoso, esse.

- Pássaro de arribação! Olhe, enfim não sei o que será. Esta pequena é muito difícil de contentar. Que quer? está estragada de mimo... Mas, se ela o não enjeitar... que tem agora ocasião de fazer um bom casamento, isso tem.

- E ele?

- Ele? Pois não vê como o rapaz nos não larga a porta?

- Mas, será... com boas ideias?

- Ora essa, comadre! Então julga que nós somos...?

- Não digo isso. Mas... dizem que ele foi um estroina dos meus pecados...

- Pois sim; mas isso é com a gente de pouco mais ou menos, mas nós cá...

Neste estado estavam as coisas e assim duraram alguns dias mais.

Chegou a ocasião da Sr.ª Teresa julgar ter obtido grande alavanca, para fazer caminhar o negócio.

Houve nesse dia longa conferência entre os cônjuges.

Ficou demonstrado para eles que o «melro estava preso pela asa».

João da Esquina, levantando a sessão, disse com modo solene:

- É ocasião de dar o grande passo!

E, enfiando a sua roupa dos domingos, preparou-se para sair.

Agitava-o certa comoção interior, própria das grandes ocasiões.

Queixou-se disto à mulher. Esta observou-lhe:

- O culpado és tu.

- Então? - perguntou o marido.

- Se tomasses o...

João da Esquina não ouviu o resto. Saiu impetuosamente.

A Sr.ª Teresa, vindo à janela, para o ver, dizia consigo:

- Mas porque não há-de este homem tomar arsénico?

Que circunstância tinha convocado o conciliábulo conjugal, e o que foi fazer o Sr. João da Esquina, assim ataviado?

Vê-lo-emos no capítulo seguinte.





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