A Brazileira de Prazins - Cap. 5: CAPÍTULO IV Pág. 34 / 202

O fidalgo recusou: - que não estava autorizado a receber donativos, nem os julgava por enquanto necessários, porque em poder do Dr. Cândido, de Anelhe, estavam cinquenta contos, dados pela senhora infanta D. Isabel maria, para pôr a procissão na rua.

A carta de que Zeferino foi o ditoso portador era mais explícita. Contava que D. Miguel estava escondido na residência do abade de são Gens de calvos, no concelho da póvoa de Lanhoso, o reverendo marcos António de faria rebelo (*) que pouquíssimas pessoas o tinham visto, porque sua majestade só se mostraria aos seus amigos fiéis quando entrassem pela Galiza os generais estrangeiros que se esperavam, uns do antigo exército carlista, outros de Inglaterra.

[(*) Como seria de mau gosto inventar este episódio, imponho-me o dever de afirmar que estas notícias me foram transmitidas por um ilustrado cavalheiro da póvoa de Lanhoso, o Sr. José Joaquim ferreira de meio e andrade, da casa nobilíssima das argas, falecido, com mais de oitenta anos de idade, em 1881. Conquanto a imprensa contemporânea, que eu saiba, não falasse no pseudo D. Miguel, as revelações do ancião de lenhoso merecem-me e são dignas de toda a confiança. Além disso, consultei o reverendo Casimiro José vieira, tão celebrado quando dirigia com mão armada a revolução do Minho, que se chamou maria da fonte. Hoje, com 66 anos de idade, vive na sua casa da alegria, no concelho de Felgueiras, ao sopé do monte de santa Quitéria, preparando as suas memórias, que devem esclarecer as obscuridades originais da insurreição de duas províncias. Este padre que, aos trinta anos, foi conclamado general pelo povo, e parlamentou face a face com o conde das antas, respondeu assim à minha consulta: eu apenas posso dizer a você que foi verdade





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