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Capítulo 16: CAPÍTULO XV

Página 141
CAPÍTULO XV

O Simeão de Prazins tinha sido antigamente regedor um ano; depois, caído o ministério e o governador civil que o nomeara, voltou ao poder o Joaquim de Vilalva, cartista puritano, com a restauração da carta. Duas restaurações boas. O Simeão lembrava-se com saudades da sua importância no ano em que governara a freguesia - o respeito dos rapazes recrutados, as considerações dos taverneiros, que davam jogo em casa, das raparigas solteiras que andavam grávidas, a autoridade do seu funcionalismo na junta de paróquia, etc. Ora, como o Joaquim de Vilalva, desgostoso e doente com a morte do filho, pedira a demissão, o administrador nomeou a regedoria no de Prazins. O brasileiro achou que era bom ter de casa a autoridade para maior segurança dos seus cabedais e pessoa. Foi uma desgraça.

Depois do convénio de gramido, Zeferino recolhera às lamelas com alguns dos seus primitivos legionários. Ele tinha passado transes amargos. Juntara-se ao aventureiro Reinaldo macdonnell, em Guimarães, quando o escocês descia do marco de canaveses para braga; esteve nas barricadas da cruz da pedra quando o barão do casal espatifou a resistência daqueles desgraçados iludidos pelo caudilho estrangeiro; foi dos primeiros a fugir por carvalho de este, a compreender a inutilidade da defesa, e por montes e vales deu consigo em porto de ave, e daqui foi para Guimarães, onde se aquartelaram o Macdonell com o seu estado-maior. Logo que chegou foi procurar o tenente-coronel Cerveira lobo, que fazia parte do cortejo do general. Mandaram-no ao palacete do visconde da azenha, onde o escocês se tinha aquartelado com o seu estado-maior. O Cerveira lobo estava a beberricar conhaque velho copiosamente sobre uma ceia farta, comida sem sobressaltos. À

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pág. 141 (Capítulo 16)

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Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 141

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196