- Aqui temos água e acolá madeira! Olha, Harbert, agora só falta a casa! - exclamou Pencroff.
Porém, de grutas nem sinal nas paredes de granito lisas e verticais. No entanto, mais para cima, junto à foz do rio e já fora da linha da maré, havia um amontoado de pedregulhos enormes, obra de alguma derrocada. Pencroff e Harbert meteram-se por entre os penedos, descobrindo um autêntico labirinto de corre- dores com o chão de areia e iluminados pela luz do dia entrando pelos intervalos entre os blocos de pedra.
- Ora aqui está o que precisávamos! - disse Pencroff.
- E, se acaso voltarmos a ver o senhor Smith ele saberá tirar bom proveito deste sítio.
- Claro que voltamos a vê-lo, Pencroff! - exclamou Harbert. - Quando ele voltar, há-de encontrar aqui um belo abrigo... Para começar, precisamos de uma lareira e o melhor sítio é o corredor da esquerda, que até tem uma abertura para o fumo!
- Realmente, chaminés é que não falta - respondeu o marinheiro.
E logo ali deram o nome de Chaminés à casa provisória.
Depois, Pencroff e Harbert foram em busca de mantimentos e lenha, subindo ao longo da margem esquerda do rio. Depois da curva, começava uma densa mata de arbustos odoríferos e árvores magníficas, que Harbert imediatamente classificou como sendo da família das coníferas.
- Bem, meu rapaz - disse o marinheiro -, posso não saber o nome destas árvores, mas para mim pertencem à espécie de madeira para queimar, que é a única que por ora nos convém!
- Então, toca a fazer provisão! - respondeu Harbert.
Apanharam toda a lenha que puderam e ataram-na em molhos. E transportar