Apocalipse - Cap. 6: Capítulo 6 Pág. 38 / 180

Sim, porque é o Jesus das primeiras de todas as comunidades, e é o Jesus da primeira igreja católica que, emergindo da Idade das Trevas, não só uma vez mais se adaptava à vida, à morte e ao cosmo, como à total e magnífica aventura da alma humana em contraste com a mesquinha e pessoal aventura do protestantismo e do catolicismo modernos, desvinculada do cosmo, desvinculada do Hades, desvinculada da magnificência do Animador das Estrelas. Salvação mesquinha e pessoal, moralidade mesquinha em vez de esplendor cósmico; perdemos o sol e os planetas, e o Senhor com as sete estrelas da Ursa na mão direita. Pobre, medíocre, pequeno e rastejante mundo onde vivemos, que até as chaves da morte e do Hades perdeu! Que encurralados estamos! Com o nosso amor fraterno, tudo quanto podemos fazer é encurralarmo-nos uns aos outros. Sentimos muito medo de que alguém exista soberano e esplêndido, quando não conseguimos sê-lo. Hoje, mesquinhos bolchevistas somos nós todos, decididos a não deixar que nenhum homem brilhe como o sol na sua plenitude, pois talvez nos deixe ofuscados.

Hoje, voltamos a sentir em nós próprios uma sensação ambígua em relação ao Apocalipse. De repente vemos que algo do antigo esplendor pagão se deleitava com o poder e a magnificência do cosmo, e com o homem que era uma estrela no cosmo.





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