Para João de Patmos, o Senhor é Kosmokrator e mesmo Kosmodynamos; o grande Governador do Cosmo e o Poder do Cosmo. Infelizmente, de acordo com o Apocalipse o homem só participa no governo do cosmo depois da morte. Quando um cristão é morto em martírio ressuscitará depois, no Segundo Advento, e far-se-á, ele próprio, um pequeno Kosmokrator que governará mil anos. E a apoteose do homem fraco.
Porém, o Filho de Deus, o Jesus da visão joanina, é mais do que isto. Possui as chaves que abrem a morte e o Hades. E o Senhor do Inferno. É Hermes, o guia das almas através do mundo da morte, para lá do rio infernal. É o senhor dos mistérios dos mortos, conhece O significado do holocausto e detém o derradeiro poder sobre as potências inferiores. Os mortos e os senhores da morte que pairam sempre entre os povos, por detrás da religião, os chthonioi dos primitivos gregos, também deverão reconhecer Jesus como senhor supremo.
E o senhor dos mortos é o senhor do futuro e o deus do presente. Dá a ver o que era, e o que é e será.
Aqui temos nós um belo Jesus! O que poderá fazer com ele o cristianismo moderno?