Apocalipse - Cap. 7: Capítulo 7 Pág. 63 / 180

O sistema de suprimir todos os vestígios pagãos foi instintivo, um medo-instinto, foi exaustivo, foi realmente criminoso no mundo cristão desde o seculo I ate hoje. Um homem fica siderado quando pensa no vasto acervo de impagáveis documentos pagãos que os cristãos destruíram de propósito, desde o tempo de Nero até ao dos obscuros párocos dos nossos dias que ainda queimam qualquer livro encontrado ~.a sua paróquia cujo carácter, para eles ininteligível, tenha probabilidades de ser herético! - E quando pensamos, com ironia, na barulheira que se levantou a propósito da catedral de Reim! Quantos dedos não daríamos para possuir os livros que não temos, perdidos porque os cristãos resolveram queimá-los de propósito! Pouparam Pia tão e Aristóteles porque, sentiam eles, ambos lhes estavam próximos. Mas os outros!...

A instintiva política do cristianismo para com todos os autênticos vestígios pagãos foi, e ainda é, suprimir, destruir, negar. Desde o início esta desonestidade corrompeu o pensamento cristão. Mais curiosamente ainda, também corrompeu o pensamento etnológico e científico. É bastante curioso que, a partir mais ou menos do ano 600 a. c., não se olhe para os Gregos e os Romanos corno verdadeiros pagãos, contrariamente ao que se faz com os Hindus e os Persas, os Babilónios, os Egípcios ou mesmo os Cretenses, por exemplo.





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