Apocalipse - Cap. 2: Capítulo 2 Pág. 7 / 180

Em geral trata-se de uma questão de valores: andamos submersos numa tal quantidade de livros, que é-nos difícil reparar como um deles pode ter valor, ser valioso como uma jóia ou um bom quadro, como podemos olhá-lo mais e mais profundamente, e extrair disso uma experiência cada vez mais penetrante. Ler um livro seis vezes intervaladas é melhor, bastante melhor, do que ler seis livros diferentes. Porque se determinado livro for capaz de levar um leitor a lê-lo seis vezes, significa que haverá sempre uma experiência mais e mais profunda, e todo o espírito se enriquecerá com ele, o emocional e o mental. Ao passo que seis livros lidos uma vez só não passam de uma acumulação de interesses superficiais, a opressiva acumulação dos tempos modernos, uma quantidade destituída de valor real.

Atentemos agora no público leitor que se divide, também ele, em dois grupos: a grande massa que lê para se distrair e por momentâneo interesse, e uma pequena minoria que só quer ler livros com valor, livros que transmitam uma experiência, experiência sempre mais profunda.

A Bíblia é um livro que para nós, ou para alguns de nós, foi temporariamente morto por ter o sentido fixado de forma arbitrária.





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