Apocalipse - Cap. 10: Capítulo 10 Pág. 81 / 180

A nossa ideia do tempo como uma continuidade em linha recta e eterna estropiou-nos cruelmente a consciência. É muito mais livre a concepção pagã do tempo como movimento cíclico, permite movimentos para cima e para baixo e, em qualquer instante, uma completa mudança do estado mental. Terminado um ciclo podemos subir ou descer para outro nível e ficar de imediato num novo mundo. Porém, com o nosso método de tempo contínuo temos de arrastar-nos de crista em crista, cansativamente.

O velho método do Apocalipse consiste em criar a imagem, construir um mundo e, de repente, sair desse mundo com um ciclo de tempo, movimento e evento: um epos; depois, voltar de novo a um mundo não exactamente idêntico ao original e de outro nível. O «mundo» tem como base o doze: o número doze é essencial para se edificar um cosmo. Os ciclos movem-se com base no sete.

Muitíssimo danificado, este velho plano ainda sobrevive.

Os Judeus sempre estragaram a beleza dos planos impondo-lhes um qualquer significado ético ou tribal. Os Judeus têm um instinto moral contrário à estética dos projectos. O projecto estético, o plano sensível ao belo, é pagão e imoral.





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