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Capítulo 10: Capítulo 10

Página 80
Divorciado do seu vasto fundo pagão o filósofo grego não passa, na realidade, de mais uma estátua vitoriana com toga - ou clâmide.

Para apreendermos o Apocalipse, temos de levar em conta o funcionamento mental do pensador ou poeta pagão - os pensadores pagãos eram necessariamente poetas - que parte de uma imagem, põe em movimento essa imagem e deixa-a executar um determinado trajecto ou circuito próprio, passando então para outra imagem. Tal como no-lo provam os seus mitos, os antigos Gregos eram excelentes pensadores por imagens. As suas imagens eram maravilhosamente naturais e harmónicas. Seguiam bem mais a lógica da acção do que a da razão, e não tinham nenhuma moral que lhes interessasse defender. Mesmo assim, eles mantêm-se mais perto de nós que os orientais cujo pensamento por imagens muitas vezes não segue nenhuma espécie de plano, nem sequer a sequência da acção. Podemos vê-lo nalguns Salmos onde se passa de uma imagem para outra sem entre elas existir nenhuma conexão essencial, apenas uma esquisita associação. Os orientais gostavam disto.

Para avaliar a forma de pensamento pagã temos de desistir da linearidade que nos é própria, de um começo até um fim, e deixar a mente mover-se em círculos ou esvoaçar por aqui e além, sobre um feixe de imagens.

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Capa do livro Apocalipse
Páginas: 180
Página atual: 80

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 27
Capítulo 6 33
Capítulo 7 46
Capítulo 8 69
Capítulo 9 75
Capítulo 10 77
Capítulo 11 89
Capítulo 12 99
Capítulo 13 102
Capítulo 14 107
Capítulo 15 112
Capítulo 16 122
Capítulo 17 128
Capítulo 18 143
Capítulo 19 149
Capítulo 20 155
Capítulo 21 160
Capítulo 22 161
Capítulo 23 162
Capítulo 24 170