A Rosa do Adro - Cap. 13: CAPÍTULO 13 Pág. 128 / 202

Do que depois se passou entre ele e Fernando já os leitores sabem.

O jovem voltou nessa mesma noite à aldeia, onde chegou quase de madrugada, e, poucas horas depois de se ter apeado, encaminhou-se para próximo da habitação de Rosa, a fim de dar parte à ansiosa rapariga do resultado da sua empresa.

Ela já o esperava.

- Então? - perguntou a rapariga, mal o avistou.

- Tudo correu à medida dos meus desejos: encontrei-o, falei-lhe, recebeu a tua carta e respondeu o que aí vai. E entregou-lhe a carta de Fernando.

Lançou mão dela, abriu-a, tremendo, e leu com sofreguidão as poucas linhas que continha.

Terminada a leitura, o rosto purpureou-se-lhe levemente, e levou o olhar ao céu como para dirigir secretamente uma prece a Deus.

António, que lhe seguia atentamente todos os movimentos, exclamou:

- Então, Rosa, boas notícias?

- Lê - e entregou-lhe o papel.

- O jovem passou-o também rapidamente pela vista, depois do que continuou:

- Bem; vejamos agora a que vem ele cá.

- Encontraste-o mesmo em casa?

- Não; fui aí, mas disseram-me que não estava lá e poderia encontrá-lo em casa da baronesa, que era onde ele costumava passar as noites.

- Em casa da baronesa?! - interrogou a rapariga, estremecendo.

- Sim, efetivamente lá o encontrei. Como era de prever, a minha aparição pareceu causar-lhe certa estranheza, que quase se dissipou ao concluir a leitura da tua carta. A baronesa e a filha, essas, fizeram-me muita festa, perguntaram-me pelas pessoas da aldeia, instaram para que eu passasse a noite na sua casa, oferecimento que o Sr. Fernando igualmente me fizera antecedentemente, mas que eu não aceitei, e afinal, retirando-se, recomendaram-me que fizesse visitas a todos e que lhes dissesse que brevemente viriam aqui passar algum tempo.





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