O Ingénuo repele os ingleses
O Ingénuo, mergulhado em negra e profunda melancolia, foi passear à beira mar, de fuzil às costas e facão à cinta, atirando de tempos em tempos nalguns pássaros, e muita vez tentando atirar em si mesmo; mas amava ainda a vida, por causa da senhorita de St. Yves. Ora amaldiçoava o tio, a tia, e toda a Baixa Bretanha, e o seu batismo; ora os abençoava, pois lhe haviam feito conhecer aquela a quem amava. Tomava a resolução de ir incendiar o convento, e subitamente desistia, por medo de queimar a sua amada. As ondas da Mancha não são mais agitadas pelos ventos de leste a oeste do que o era o seu coração por tantos movimentos contrários.
Marchava a grandes passadas, sem saber por onde, quando ouviu um rufar de tambores. Viu ao longe uma multidão que corria metade para a margem e metade fugia para o interior.
Mil gritos se elevavam de toda parte; a curiosidade e a coragem fazem-no precipitar-se incontinente para o local de onde partiam aqueles clamores; em quatro saltos se aproxima.
O comandante da milícia, que ceara em casa do prior, logo o reconheceu; corre a ele de braços abertos: "Ah! É o Ingénuo; ele combaterá por nós". E as milícias, que morriam de medo, tranquilizaram-se e gritaram também: É o Ingénuo! É o Ingénuo!"
- Senhores, de que se trata? Por que se acham todos tão desnorteados? Meteram as suas noivas no convento?