A bela St. Yves vai a Versalhes
Enquanto o nosso desgraçado mais se esclarecia do que se consolava; enquanto o seu gênio, por tanto tempo abafado, se desenvolvia com tamanha rapidez e força; enquanto a natureza, que nele se aperfeiçoava, o vingava dos ultrajes da fortuna, que faziam o senhor prior e a sua boa irmã, e a bela reclusa St. Yves? No primeiro mês, inquietaram-se, e no terceiro estavam mergulhados no desespero: alarmavam-nos falsas conjeturas e rumores sem fundamento; ao cabo de seis meses, estavam convencidos da morte do Ingénuo. Afinal, por uma velha carta de um guarda real, o senhor e a senhorita de Kerkabon vieram a saber que um jovem parecido com o Ingénuo chegara uma tarde a Versalhes, mas fora detido à noite, e desde então ninguém mais ouvira falar nele.
- Ai! - suspirou a senhorita Kerkabon, - vai ver que o nosso sobrinho fez alguma tolice e está pagando por isso! É jovem, é bretão, não pode saber como se comportar na. Corte. Meu querido irmão, não conheço Versalhes nem Paris; eis uma bela ocasião, e talvez encontremos o nosso pobre sobrinho; é filho do nosso irmão, e o nosso dever é socorrê-lo. Quem sabe se não poderemos afinal fazê-lo subdiácono, depois que se houver apaziguado o ardor da juventude? Tinha bastante inclinação para as ciências. Não te lembras como ele discorria sobre o Velho e o Novo Testamento? Somos responsáveis por sua alma; fomos nós que o batizamos; e a sua querida St. Yves passa o dia a chorá-lo.