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Capítulo 8: Capítulo 8

Página 34

O Ingénuo vai à Corte. Janta em caminho, com huguenotes

O Ingénuo seguiu de coche pela estrada de Saumur, porque não havia então outra comodidade. Chegado a esta cidade, espantou-se de encontrá-la quase deserta e de ver várias famílias que se mudavam. Disseram-lhe que Saumur, seis anos antes, continha mais de quinze mil almas, e que agora não contava mais de seis mil. Não deixou de falar nisso, à mesa da hospedaria. Vários protestantes ali se achavam; Uns queixavam-se amargamente, outros fremiam de cólera, outros choravam, dizendo: Nos dulcia linquimus arva, nos patriam fugimos. O Ingénuo, que não sabia latim, pediu explicação de tais palavras, que significam: Abandonamos as nossas suaves campanhas, fugimos da nossa pátria.

- E por que fogem de sua pátria, senhores?

- É porque querem que reconheçamos o Papa.

- E por que não o reconhecem? Não têm, então, madrinhas com quem desejam casar? Pois me disseram que é o Papa que dá licença para isso.

- Ah! esse Papa diz que é senhor do domínio dos reis.

- Mas qual é a profissão dos senhores?

- Somos, na maioria, tecelões e fabricantes.

- Se o Papa alega que é senhor dos tecidos e das fábricas, fazem muito bem em não reconhecê-lo; mas, quanto aos reis, isso é com eles; por que se metem os senhores em tais assuntos?

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Capa do livro O Ingénuo
Páginas: 91
Página atual: 34

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 9
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 22
Capítulo 6 26
Capítulo 7 30
Capítulo 8 34
Capítulo 9 37
Capítulo 10 41
Capítulo 11 47
Capítulo 12 51
Capítulo 13 53
Capítulo 14 59
Capítulo 15 62
Capítulo 16 66
Capítulo 17 69
Capítulo 18 72
Capítulo 19 76
Capítulo 20 84