Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 12: Capítulo 12

Página 51

O que pensa o Ingénuo das peças de teatro

Assemelhava-se o Ingénuo a uma dessas árvores vigorosas que, nascidas num solo ingrato, distendem em pouco tempo az raízes e os ramos quando transportadas para terreno favorável; e era bastante estranho que esse terreno fosse uma prisão.

Entre os livros que ocupavam os lazeres dos dois cativos, havia poesias, traduções de tragédias gregas, e algumas peças do teatro francês. Os versos que falavam de amor encheram, ao mesmo tempo, a alma do Ingénuo, de prazer e sofrimento.

Todos lhe falavam da sua querida St. Yves. À fábula dos Dois Pombos cortou-lhe o coração: bem longe estava ele de poder regressar a seu pombal.

Moliere encantou-o. Fazia-lhe conhecer os costumes de Paris e do gênero humano.

- Qual das suas comédias preferes?

- O Tartufo, sem dúvida alguma.

- Penso o mesmo - disse Gordon. - Foi um tartufo quem me meteu neste calabouço e talvez sejam uns tartufos os que te desgraçaram.

- E que achas dessas tragédias gregas?

- Boas para os gregos - respondeu o Ingénuo.

Mas quando leu a Ifigênia moderna, Pedra, Andrômaca, Atalia, ficou num verdadeiro êxtase, suspirou, chorou, decorava-as sem querer.

- Lê Rodogune - recomendou-lhe Gordon. - Dizem que é a obra-prima do teatro; as outras peças, que tanto prazer te causaram, nada são comparadas com ela.

O jovem, logo à primeira página, lhe disse:

- Isto não é do mesmo autor.

<< Página Anterior

pág. 51 (Capítulo 12)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Ingénuo
Páginas: 91
Página atual: 51

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 9
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 22
Capítulo 6 26
Capítulo 7 30
Capítulo 8 34
Capítulo 9 37
Capítulo 10 41
Capítulo 11 47
Capítulo 12 51
Capítulo 13 53
Capítulo 14 59
Capítulo 15 62
Capítulo 16 66
Capítulo 17 69
Capítulo 18 72
Capítulo 19 76
Capítulo 20 84