O Ingénuo, a bela St. Yves e seus parentes reúnem-se
A generosa e respeitável infiel achava-se com o seu irmão, o padre de St. Yves, com o bom prior da Montanha e a dama de Kerkabon. Todos estavam igualmente espantados, mas bem diversos eram seus sentimentos e situações. O abade de St. Yves chorava suas culpas aos pés da irmã, que lhas perdoava.
O prior e sua terna irmã também choravam, mas de alegria. O maldito bailio e seu insuportável filho não perturbavam absolutamente a comovedora cena: tinham partido aos primeiros rumores da libertação do seu inimigo; corriam a sepultar na província a sua tolice e o seu temor.
Os quatro personagens, agitados de mil sentimentos diversos, esperavam que o jovem voltasse com o amigo a quem fora libertar. O abade de St. Yves não ousava erguer os olhos diante da irmã.
- Tornarei a ver o meu querido sobrinho - dizia a boa Kerkabon.
- Há de revê-lo - respondeu-lhe - a encantadora St. Yves, - mas já não é o mesmo homem. Sua atitude, seu tom, suas ideias, seu espírito, tudo está mudado. Tornou-se tão respeitável quanto era simplório e estranho a tudo. Ele será a honra e o consolo da sua família; quem me dera sê-lo também da minha!
- Nem tu és tampouco a mesma - observou o prior. - Que foi que houve contigo para assim te causar tamanha mudança?
No meio dessa conversa, chega o Ingénuo, trazendo pela mão o seu jansenista. A cena então adquire maior novidade e interesse.