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Capítulo 1: Capítulo 1

Página 8

O Ingénuo assegurou que na sua terra não se convertia ninguém; que nunca um verdadeiro hurão mudara de ideias, e que na sua língua nem sequer havia um termo que significasse inconstância. Estas últimas palavras agradaram extremamente à senhorita de St. Yves.

- Nós o batizaremos, nós o batizaremos - dizia a Kerkabon ao prior; - há de caber-te essa honra, meu caro irmão; faço questão de ser sua madrinha; o senhor de St. Yves o levará à pia; será uma brilhante cerimônia, de que se falará em toda a Baixa Bretanha, o que nos trará grandes honras. Toda a companhia secundou a dona da casa; todos os convivas gritavam:

- Nós o batizaremos!

O Ingénuo respondeu que na Inglaterra deixavam a gente viver como bem quisesse. Deu a entender que a proposta não lhe agradava absolutamente, e que a lei dos hurões valia pelo menos a lei dos baixo-bretões; enfim, disse que iria embora no dia seguinte. Acabaram de esvaziar a sua garrafa de água de Barbados e foram deitar-se.

Depois que o Ingénuo se recolheu ao quarto, a senhorita de Kerkabon e sua amiga a senhorita de St. Yves não puderam deixar de espiar pelo buraco da fechadura, para ver como dormia um hurão. Viram que havia estendido a roupa do leito no soalho e que repousava na mais bela atitude do mundo.

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Capa do livro O Ingénuo
Páginas: 91
Página atual: 8

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 9
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 22
Capítulo 6 26
Capítulo 7 30
Capítulo 8 34
Capítulo 9 37
Capítulo 10 41
Capítulo 11 47
Capítulo 12 51
Capítulo 13 53
Capítulo 14 59
Capítulo 15 62
Capítulo 16 66
Capítulo 17 69
Capítulo 18 72
Capítulo 19 76
Capítulo 20 84