ondeava para vilar, num restrugir de tempestade, quando o veríssimo e o nunes procuraram o conselheiro Fortunato, que tiritava de medo com as suas enxúndias espapadas entre as filhas, numa consternação. Disseram-lhe que se iam armar para se constituírem sentinelas da segurança do seu benfeitor. O conselheiro abraçou-os muito comovido, numa excitação apoplética.
Depois formaram-se os batalhões nacionais. Veríssimo e Torcato foram promovidos a tenentes do batalhão da vista alegre. Quando foi da refrega de Valpaços tinham compreendido inteligentemente que a retirada de Sá da Bandeira, da Veiga de Chaves, era a fraqueza precursora de uma derrota. Conheciam o pérfido espírito do 15 e do 3 de infantaria - previram a traição. Tinham pensado maduramente os dois tenentes, sem entusiasmo, com a prudência dos quarenta anos apalpados pelos reveses de vinte batalhas. Resolveram desertar quando os batalhões de linha se passassem para as forças reais. Travou-se o encontro de Valpaços. Com os dois regimentos que mim turbilhão e a gritos de viva a rainha se abraçaram às vanguardas do casal, também eles, por debaixo do fogo do seu batalhão, se passaram, dando vivas à carta constitucional. Eram a obra da prudência e do conselheiro Fortunato leite.
Quando o barão de casal foi espostejar os miguelistas a braga, os dois tenentes apresentados pediram vénia ao general para servirem na coluna do visconde de vinhais; - que tinham repugnância de pelejar cara a cara com os seus parentes bandeados nas guerrilhas do padre Casimiro José vieira e do padre José da laje. A vergonha impunha-lhes o dever de doirar a mentira. Não lhes pareceu decente irem acutilar nas mas de braga o Cristóvão bezerra, de Bouro, e o abade de calvos e o padre Manuel das agras. Não poderiam ver sem mágoa a soldadesca a dar saque aos dinheiros das senhoras botelhas.