Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 15: CAPÍTULO XIV

Página 136
A pequena já não queria ir à mesa, metia-se na cama e fingia-se doente para não encontrar o tio Feliciano.

José dias e o pai permaneciam em braga, porque em diferentes pontos da província continuavam as agitações miguelistas; o novo ministério não tinha força, e o Zeferino das lamelas nunca depusera as armas. Os serezinos faziam excursões e batiam os realistas ou prendiam os agitadores. José dias, numa dessas surtidas a vila verde, a pé e com pouca saúde, ganhara uma bronquite que o teve de cama largo tempo. Quando se levantou, numa aparente convalescença, a tísica tuberculosa recrudescia pessimamente caracterizada. O padre Osório fora visitá-lo, ouvira o médico e sabia que o seu amigo estava perdido. Falou ao pai, em particular, no estado do filho. Lembrou-lhe a sua promessa de consentir no casamento com a pobre marta, que se perdera confiada nos compromissos do José. O lavrador mostrou não perceber a conveniência de marta em casar, se o seu filho tinha de morrer cedo. - que a viúva, dizia, nada ganhava com isso, porque os herdeiros de José eram seus pais. Não compreendeu a questão por outra face. Mas, apertado pela palavra que dera, repetiu que ele pela sua parte concedia a licença, se a mãe a desse; e justificava-se deste respeito à mulher, alegando que a casa de Vilalva era toda da sua companheira, e o que ele levara para o casal não valia dois caracóis.

- Enfim - concluía - se o rapaz arrijar, casa querendo a mãe; mas, enquanto ele assim estiver, faça favor de lhe não falar na rapariga... Bem lhe basta o seu mal... E um homem que está doente deveras não deve pensar em mulheres, é na salvação da sua alma. Eu penso assim, amigo padre Osório.

- O vigário aprende o padre-nosso - dizia o de Caldelas.

Entretanto, o doente, muito animado, não sentia aqueles desalentos e presságios de morte que meses antes o afligiam.

<< Página Anterior

pág. 136 (Capítulo 15)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 136

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196