O major Zeferino bezerra de castro não tinha grande casa; mas, como era solteiro e quinquagenário, fazia de conta que os bens lhe tinham de sobrar à vida, vendendo os alodiais e empenhando, se necessário fosse, o morgadio, que era insignificante. Concorria com vinte moedas para as miseráveis 1000 libras que o Sr. D. Miguel recebia anualmente de donativos de monarcas e dos seus partidários portugueses (*).
[(*) Um historiador moderno diz que D. Miguel em 1855 recebia setenta contos anuais de donativos. Provavelmente deu causa a esta liberalidade de cifras um lapso do Sr. Joaquim Martins de carvalho, que a págs. 254-255 dos seus apontamentos para a história contemporânea, transcreveu de uma carta de Lourenço Viegas o seguinte período: «os rendimentos de el-rei compõem-se das 600 libras que vêm de lisboa da comissão alimentícia, 1000 francos mensais que com toda a exatidão lhe mandava o conde de Chambord, 5 000 francos que anualmente lhe manda o duque de Modena e 6 000 francos do imperador Fernando da Áustria, também anuais, mas sem época fixa, junto a alguns extraordinários da província do Minho, fazem subir a renda anual a 400 000 francos, e esta chega apenas para a despesa e economia doméstica.» chegando apenas para a despesa doméstica de D. Miguel, 72 000$000, quanto lhe seria necessário para despesas de fora? Um dos zeros do Sr. Martins de carvalho deve passar para a direita do 4, e reduzir a anuidade do príncipe a 7 200$000 réis ou 40 000 francos. ]
Convidando a jantar os realistas notáveis da comarca; e, contando os anos da proscrição, ia calculando a patente que lhe competia quando o soberano legítimo se restaurasse. Correspondia-se com alguns camaradas, esquecidos e atrofiados nas aldeias, o general póvoas, o Bernardino, o magessi, o Montalegre, o José marcelino.