Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 8: CAPÍTULO VII

Página 60
Ia de niza de pano azul com botões amarelos, calça branca espipada com joelheiras pelos atritos do albardão. As pernas das calças chegavam apenas a meio cano das botas, que pelo tamanho dos pés dir-se-iam roubadas a um gigante.

O bezerra dobrou o joelho, inclinando o tronco à mão esquiva da sua majestade. Por detrás dele, o Zeferino ajoelhara batendo com ambas as rótulas no tabuado. O barão ia falar, quando o rei, reparando no outro, disse:

- Levante-se, homem. Isto aqui não é capela.

O pedreiro teimava, achava-se bem naquela postura que o dispensava de procurar outra.

- Sua majestade manda-o levantar - disse o visconde munes.

Ergueu-se, e num ímpeto silencioso ia entregar a carta ao da cadeira, quando o capelão - mor lhe observou que as cartas se entregavam ao secretário.

O barão expôs que não pudera resistir aos pedidos que aquele honrado legitimista lhe fizera para o acompanhar, porque não se atrevia a entrar sozinho à presença de el-rei, seu amo. Que era filho de um bravo alferes, o Gaspar das lamelas, que, em 1838, à frente de 300 homens, atacara a vila de santo urso, dando vivas a el-rei. Contou a façanha de atravessar o ave a nado em Janeiro, com a espada nos dentes, e que por causa disso entrevecera e nunca mais se levantou.

- Oh! - interjecionou compungidamente o monarca. - eu ignorava esse notável ataque... Estava em Roma, sem notícias... Digno homem o meu honrado e bravo... Como se chama o seu pai?

- Saberá vossa majestade que se chama Gaspar ferreira. E o rei:

- Visconde, escreva na lista.

O nunes sentou-se à mesa, pedindo vénia a sua majestade, que ditou:

- Gaspar ferreiro, reformado em coronel de infantaria, com vencimento desde 1838. Escreva à margem: batalha de santo tirso. - e voltando-se para Zeferino, que ladeava para a parede:

- Diga ao seu bravo pai que lhe dei a reforma em coronel, e vencerá soldo dos sete anos passados.

<< Página Anterior

pág. 60 (Capítulo 8)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 60

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196