Moveram-se contra ele muitos regimentos de primeira linha e de batalhões da guarda nacional. Ele tinha adoecido de fadigas incomportáveis, e descansava com algumas centenas de homens num desfiladeiro da serra, chamado a portela da corte das velhas. Aí o atacou uma coluna de caçadores. O remexido, afinal, faltou-lhe a coragem de se fazer matar. Viu talvez a mulher e os filhos, entre a sua agonia e as baionetas. Deu-se à prisão, e cinco dias depois era arcabuzado em faro.
O regimento em que eram capitães o veríssimo e o nunes dispersou, e eles, claro é, fugiram à maneira dos muito discretos e bravos generais de que rezam os fastos militares o pré dos guerrilhas devia ser quantia diminuta, uma bagatela ridícula, que não merecia a pomposa qualificação de ladroeira. Como não tiveram tempo de fazer o pagamento, retiraram-se com o cofre nas algibeiras. É o que foi, e a história não pode dizer outra coisa. Queria talvez o major de vila verde, o denunciante de braga, que eles andassem à carta das praças dispersas pelas montanhas, a repartir os quatro vinténs diários e o vintém do munício! Veríssimo foi para Alvações e nunes para são Gens.
O Norberto morreu por esse tempo de uma congestão cerebral; alguém diz que o esganaram na cama dois malhados de Lobrigos contra os quais ele tinha jurado em 28. D. Águeda recebeu o sobrinho carinhosamente. A herança do pai estava empenhada; foi à praça; sobraram uns novecentos mil-réis e a casa com as armas, pagas as dívidas. O nunes dizia-lhe da póvoa que andava por lá miserável, um piranga, na gandaia; que o pai dava-lhe um caldo de feijões e o tratava como um cão vadio. Que, depois da partida do algarve, não tinha com quem praticar em braga para solicitador, nem tinha que vestir. O veríssimo chamou-o para Alvações com generosidade.