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Capítulo 5: CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL

Página 141
Não vejo, na perspectiva de que cada espécie foi criada independentemente, qualquer explicação para este grandioso facto na classificação de todos os seres orgânicos; mas isto, tanto quanto compreendo, explica-se através da hereditariedade e da acção complexa da selecção natural, implicando a extinção e divergência de carácter, como vimos ilustrar pelo diagrama.

As afinidades de todos os seres que pertencem à mesma classe foram por vezes representadas através de uma grande árvore. Creio que há muita verdade nesta analogia. Os ramos verdes e em desenvolvimento podem representar as espécies existentes; e os que foram produzidos em cada ano anterior podem representar a longa sucessão de espécies extintas. Em cada período de desenvolvimento, todos os rebentos que crescem procuraram expandir-se em todas as direcções, superar e matar os rebentos e ramos circundantes, da mesma maneira que as espécies e os grupos de espécies procuram subjugar as outras espécies na grande batalha pela vida. Os membros divididos em grandes ramos e estes por sua vez em ramos cada vez menores foram, eles próprios, outrora, quando a árvore era muito jovem, rebentos; e esta conexão entre os rebentos anteriores e os actuais através dós ramos bifurcantes pode muito bem representar a classificação de todas as espécies', as extintas e as vivas, em grupos subordinados a grupos. Dos muitos ramos que se desenvolveram quando a árvore era um mero arbusto, apenas dois ou três, hoje convertidos em grandes ramos, sobrevivem e sustentam todos os outros ramos; analogamente, das espécies que viveram durante os períodos geológicos remotos, pouquíssimas têm hoje descendentes vivos e modificados. Desde que a árvore começou a crescer, muitas pernadas e ramos decaíram e desapareceram;

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pág. 141 (Capítulo 5)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 141

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491