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Capítulo 6: CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO

Página 158
Hooker, nas espécies com as inflorescências mais densas que as flores interiores e exteriores diferem mais amiúde. Poder-se-ia pensar que o desenvolvimento das pétalas radiais a partir de nutrientes extraídos de outras partes da flor seria a causa da sua atrofia; mas em algumas Compósitas há uma diferença nas sementes dos flósculos exteriores e interiores e nenhuma diferença na corola. É possível que estas muitas diferenças estejam ligadas a alguma diferença no fluxo de nutrientes para as flores centrais e externas: sabemos pelo menos que, nas flores irregulares, as que estão mais próximas do eixo estão mais frequentemente sujeitas à peloria e tornam-se regulares. Posso acrescentar, como exemplo deste e de um impressionante caso de correlação, que observei recentemente em alguns pelargónios de jardim, . que a flor central do tufo perde com frequência as parcelas de cor mais escura nas duas pétalas superiores; e que, quando isto ocorre, a atrofia no nectário aderente é completa; quando falta a cor a uma das duas pétalas superiores apenas, o nectário é somente muito mais reduzido.

A respeito da diferença na corola das flores centrais e exteriores de uma cabeça ou umbela, não tenho de modo algum certeza de que a ideia de C. C. Sprengel de que os flósculos radiais servem para atrair insectos, cuja acção é altamente vantajosa na fertilização de plantas destas duas ordens, seja tão rebuscada como pode parecer à primeira vista: e se for vantajosa, a selecção natural pode ter entrado em jogo. Mas a respeito das diferenças na estrutura interna e externa das sementes, que nem sempre estão correlacionadas com quaisquer diferenças nas flores, parece impossível que possam ser, de alguma maneira, vantajosas para a planta: porém, nas Umbelíferas,

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pág. 158 (Capítulo 6)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 158

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491