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Capítulo 7: CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA

Página 211
de lentamente aperfeiçoados num período anterior, foram transmitidos quase no mesmo estado, ainda que agora tenham apenas uma utilidade muito ligeira; e quaisquer desvios efectivamente prejudiciais na sua estrutura terão sido sempre impedidos pela selecção natural. Vendo a que ponto a cauda é um órgão de locomoção importante na maioria dos animais aquáticos, a sua presença e uso em geral para muitos objectivos em tantos animais terrestres, que pelos seus pulmões ou bexigas-natatórias modificadas denunciam a sua origem aquática, talvez possa ser explica da desta maneira. Uma cauda bem desenvolvida, tendo sido formada num animal aquático, pode subsequentemente ter vindo a ser integrada para todo o género de propósitos, como um mata-moscas, um órgão de preensão, ou um auxiliar para a deslocação circular, como no cão, embora o auxílio deva ser ligeiro, pois a lebre, que quase não tem cauda, consegue ziguezaguear bastante rapidamente.

Em segundo lugar, podemos por vezes atribuir importância a caracteres que na verdade têm pouquíssima importância e que se originaram por causas completamente secundárias, independentemente da selecção natural. Devemos recordar que o clima, a alimentação, etc., provavelmente têm alguma influência directa na organização; que os caracteres reaparecem pela lei da reversão; que a correlação de crescimento terá tido uma influência importantíssima na modificação de várias estruturas; e, por fim, que a selecção sexual terá frequentemente modificado em grande medida os caracteres externos dos animais que têm volição, para dar a um macho uma vantagem na luta com outro ou na corte das fêmeas. Além disso, quando uma modificação de estrutura surgiu primariamente pelas causas atrás mencionadas ou por outras -desconhecidas,

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pág. 211 (Capítulo 7)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 211

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491