Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 9: CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO

Página 273
Pelo que mais uma vez temos razão para crer que o nosso gado bovino europeu e o gebo indiano são completamente férteis entre si; mas, pelos factos que me foram comunicados pelo Sr. Blyth, penso que temos de os considerar espécies distintas. Segundo esta perspectiva da origem de muitos dos nossos animais domésticos, temos ou de abandonar a crença da quase universal esterilidade das espécies distintas de animais quando cruzadas, ou temos de encarar a esterilidade não como uma característica indelével, mas susceptível de ser eliminada por domesticação.

*Peter Sirnon Pallas (1741-1811), naturalista alemão. [N.T.]

Por fim, olhando para todos os factos comprovados sobre o entrecruzamento de plantas e animais, pode-se concluir que algum grau de esterilidade, nos primeiros cruzamentos como nos híbridos, é um resultado extremamente geral; mas que não pode, no estado presente do nosso conhecimento, ser considerado absolutamente universal.

Leis que regem a esterilidade dos primeiros cruzamentos e dos híbridos. - Consideremos agora um pouco mais detalhadamente as circunstâncias e regras que regem a esterilidade dos primeiros cruzamentos e dos híbridos. O nosso principal objectivo será ver se as regras indicam ou não que as espécies foram especialmente dotadas com esta qualidade, de maneira a impedir que se cruzem e misturem entre si na mais perfeita confusão. As seguintes regras e conclusões são retiradas principalmente da admirável obra de Gärtner sobre a hibridização das plantas. Esforcei-me bastante por averiguar a que ponto as regras se aplicam aos animais, e considerando a escassez do nosso conhecimento a respeito dos animais híbridos, fiquei surpreendido por descobrir como as mesmas regras se aplicam em geral a ambos os reinos.

<< Página Anterior

pág. 273 (Capítulo 9)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 273

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491