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Capítulo 9: CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO

Página 294
Além disso, Gärtner afirma que quando as variedades amarela e branca de uma espécie são cruzadas com as variedades amarela e branca de uma espécie distinta, os cruzamentos entre as mesmas flores coloridas produzem mais semente do que os cruzamentos entre as flores cuja coloração é diferente. Porém, estas variedades de Verbascum não apresentam qualquer outra diferença além da mera coloração da flor; e uma variedade pode por vezes ser criada a partir da semente da outra.

Por observações que fiz sobre determinadas variedades de malva-rosa, tendo a suspeitar que apresentam factos análogos.

Kölreuter, cuja precisão foi confirmada por todos os observadores subsequentes, provou o facto notável de que uma variedade do tabaco comum é mais fértil, quando cruzada com uma espécie amplamente distinta, do que as outras variedades. Fez experiências com cinco formas, que comummente se considera variedades, e que submeteu ao teste mais rigoroso, nomeadamente, por cruzamentos recíprocos, e constatou que a sua prole mista era perfeitamente fértil. Mas uma destas cinco variedades, quando usadas ou como pai ou como mãe, e cruzadas com a Nicotiana glutinosa, produzia sempre híbridos não tão estéreis como os produzidos a partir das outras quatro variedades quando cruzadas com a N. glutinosa. Pelo que o sistema reprodutivo desta variedade particular deve ter sido modificado, de alguma maneira e em algum grau.

A partir destes factos - de a grande dificuldade de comprovar a infertilidade das variedades em estado de natureza, pois uma suposta variedade, sendo em algum grau infértil, seria geralmente classificada como espécie; de o homem seleccionar apenas caracteres externos na produção das variedades domésticas mais distintas

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pág. 294 (Capítulo 9)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 294

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491