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Capítulo 10: CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO

Página 306
Por fim, a base do rochedo é escavada, enormes fragmentos caem, e os que permanecem fixos têm de ser desgasta dos, fragmento a fragmento, até que, reduzidos em tamanho, podem ser arrastados pelas ondas e então são mais rapidamente triturados, convertendo-se em seixos, areia ou lama. Mas quão frequentemente vemos rochedos arredondados ao longo da base da falésia que recua, todos densamente revestidos por produções marinhas, mostrando quão pouco desgaste sofrem e quão raramente são arrastados! Além disso, se percorremos durante alguns quilómetros qualquer linha rochosa, que sofre degradação, verificamos que é só aqui e ali, numa pequena extensão ou em volta de um promontório, que as fragas sofrem desgaste. A aparência da superfície e da vegetação mostram que noutras partes decorreram anos desde que as águas banharam a sua base.

Aquele que estuda mais meticulosamente a acção do mar sobre o nosso litoral ficará, segundo creio, profundamente impressionado perante a lentidão com que as costas rochosas se desgastam. As observações a este respeito por Hugh Miller, e por aquele excelente observador, o Sr. Smith de Jordan Hill, são sobremaneira impressionantes. Com a mente assim impressionada, examine-se camadas de aglomerados com muitas centenas de metros de espessura, que, embora provavelmente formados a um ritmo mais veloz do que muitos outros depósitos, por ser formado de seixos desgasta dos e arredondados, cada um dos quais exibem a marca do tempo, são bons para mostrar quão lentamente a massa se acumulou. Recorde-se o profundo comentário de Lyell, de que a espessura e extensão das formações sedimentares são o resultado e a medida da degradação que a crosta terrestre sofreu noutras partes. E que quantidade de degradação é sugerida

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 306

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491