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Capítulo 13: CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)

Página 417
da ampla dispersão das suas sementes e ovos por animais, mais especialmente aves de água doce, que têm grande capacidade de voo e viajam naturalmente de um meio aquático para outro, muitas vezes distante. A natureza, qual jardineiro diligente, leva assim as suas sementes de um leito de natureza particular para outro que lhes é igualmente apropriado.

Sobre os habitantes das ilhas oceânicas. - Chegamos à última das três classes de factos, que seleccionei como exemplo das dificuldades mais intensas, para a perspectiva de que todos os indivíduos, da mesma espécie e de espécies próximas, descendem de uma única antecessora; e portanto procedem todos de uma região nativa comum, apesar de ao longo do tempo terem vindo a habitar pontos distantes do globo. Afirmei já que não posso honestamente admitir a perspectiva de Forbes sobre as extensões continentais, as quais, se legitimamente levadas até às suas consequências, levariam à crença de que, no período recente, todas as ilhas existentes estiveram ou completamente ou quase unidas a algum continente. Esta perspectiva eliminaria muitas dificuldades, mas não explicaria, segundo creio, todos os factos a respeito das produções insulares. Nas observações seguintes não me limitarei à mera questão da dispersão; mas considerarei outros factos, relevantes para a verdade das duas teorias, da criação independente e da descendência com modificação.

As espécies de todos os tipos que habitam ilhas oceânicas são numericamente escassas por comparação com as que se encontram em áreas continentais iguais: Alph. De Candolle admite isto no que se refere às plantas, e Wollaston no que se refere aos insectos. Se observamos para a grande dimensão e variados locais da Nova Zelândia, estendendo-se por

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pág. 417 (Capítulo 13)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 417

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491