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Capítulo 14: CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.

Página 468
Nas plantas monstruosas, obtemos frequentemente indícios indirectos da possibilidade de um órgão se transformar noutro; e podemos ver efectivamente nos crustáceos embrionários e em muitos outros animais, e nas flores, que os órgãos, que em maduros se tornam muitíssimo diferentes, são exactamente semelhantes numa fase inicial de crescimento.

Como são inexplicáveis estes factos com base na perspectiva comum da criação! Por que razão estaria o cérebro fechado numa caixa composta de pedaços de osso tão numerosos e tão extraordinariamente moldados? Como observou Owen, o benefício derivado da produção das partes separadas no parto dos mamíferos, não explica de modo algum a mesma construção nos crânios das aves. Por que razão seriam criados ossos similares na formação da asa e perna de um morcego, dado o seu uso para fins totalmente diferentes? Por que razão um crustáceo, que tem uma boca extremamente complexa, formada por muitas partes, tem consequentemente sempre menos pernas; ou inversamente, os que têm muitas pernas têm bocas mais simples? Por que razão seriam as sépalas, pétalas, estames e pistilos em qualquer flor individual, embora adaptados para fins tão diferentes, construídos todos sobre o mesmo padrão?

Com base na teoria da selecção natural, podemos responder satisfatoriamente a estas questões. Nos vertebrados, observamos uma série de vértebras internas que suportam certos processos e apêndices; nos articulados, observamos o corpo dividido numa série de segmentos, que sustentam apêndices externos; e, nas plantas floríferas, observamos uma série de volutas de folhas sucessivas em espiral. Uma repetição indefinida da mesma parte ou órgão é a característica comum (como observou Owen) de todas as formas inferiores ou pouco

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pág. 468 (Capítulo 14)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 468

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491