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Capítulo 14: CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.

Página 476

Afirmei no primeiro capítulo que há alguns indícios que dão plausibilidade à ideia de que uma variação tenderá a reaparecer na prole numa idade correspondente a seja qual for a idade em que surgiu pela primeira vez no progenitor. Certas variações só podem aparecer em idades correspondentes, por exemplo, peculiaridades nas etapas da lagarta, casulo, ou imago do bicho-da-seda; ou, mais uma vez, nos cornos do gado bovino quase adulto. Mas, além disto, as variações que, tanto quanto podemos ver, podem ter aparecido mais cedo ou mais tarde na vida, tendem a aparecer numa idade correspondente na prole e no progenitor. Longe de mim querer dizer que isto é invariavelmente o que acontece; e poderia apresentar uma boa quantidade de casos de variações (tomando a palavra no sentido mais lato) que sobrevieram numa idade mais temporã na cria do que no progenitor.

Estes dois princípios, a admitir-se a sua verdade, explicarão, segundo creio, todos os principais factos atrás especificados na embriologia. Mas primeiro olhemos para alguns casos análogos em variedades domésticas. Alguns autores que escreveram sobre cães sustentam que o galgo e o buldogue, embora aparentemente tão diferentes, são na realidade variedades muito intimamente próximas e provavelmente descendem da mesma casta selvagem; pelo que eu estava curioso para ver a que ponto os seus cachorros diferiam entre si: disseram-me os criadores que diferiam tanto como os seus pais, o que, a olho nu, quase parecia o que acontece; mas ao medir efectivamente os velhos cães e os seus cachorros de seis dias, descobri que estes não tinham ainda adquirido a sua plena quantidade de diferença proporcional. Pelo que, mais uma vez, me informaram de que os potros de tiro e os cavalos de corrida diferiam

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pág. 476 (Capítulo 14)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 476

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491