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Capítulo 15: CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO

Página 495
Mesmo numa área ampla, que permaneceu contínua durante um longo período, onde o clima e outras condições de vida mudam imperceptivelmente ao passar de uma zona ocupada por uma espécie para outra zona ocupada por uma espécie intimamente próxima, nada nos permite esperar encontrar frequentemente variedades intermédias na zona intermédia. Pois temos razão para crer que apenas poucas espécies sofrem modificações num dado período; e todas as modificações se efectuam lentamente. Mostrei também que as variedades intermédias que a princípio terão provavelmente existido nas zonas intermédias serão susceptíveis de ser suplantadas pelas formas próximas num ou noutro lado; e as últimas, por existirem em grande número, serão geralmente modificadas e aperfeiçoadas a um ritmo mais veloz do que as variedades intermédias, que existem em menor número; pelo que as variedades intermédias, a longo prazo, serão suplantadas e exterminadas.

Segundo esta doutrina do extermínio de uma infinidade de elementos conectivos entre os habitantes vivos e extintos do mundo, e em cada período sucessivo entre as espécies extintas e ainda mais antigas, por que razão não está cada formação geológica carregada com tais elementos? Por que razão cada colecção de vestígios fósseis não proporciona indícios óbvios da gradação e mutação das formas de vida? Não encontramos quaisquer indícios semelhantes, e esta é a mais óbvia e persuasiva das muitas objecções que se pode levantar contra a minha teoria. Por que razão, mais uma vez, grupos inteiros de espécies próximas parecem, ainda que por vezes certamente se trate de uma falsa aparência, ter surgido subitamente nos diversos estágios geológicos? Porque não encontramos grandes pilhas de estratos sob o sistema siluriano, providos

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pág. 495 (Capítulo 15)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 495

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491