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Capítulo 16: Capítulo 16

Página 124
E esta mulher sobrenatural vestida de sol e pousada na lua crescente evocava de muito esplendorosa forma a grande deusa do Oriente, a grande mãe, a Magna Mater como os Romanos vieram a chamar-lhe. Esta grande mulher-deusa com um menino vem de tempos remotos, muito remotos, da história do Mediterrâneo oriental, dos dias em que o matriarcado ainda era a ordem natural de obscuras nações. Como pôde elevar-se a figura central de um Apocalipse judaico? Nunca chegaremos a sabê-lo, a não ser que aceitemos a velha lei onde se diz que o diabo expulso pela porta da frente volta a entrar pela de trás. Esta grande deusa inspirou muitas imagens da Virgem Maria. Trouxe à Bíblia o que antes lhe faltava: a grande Mãe Cósmica paramentada e esplêndida mas perseguida. Essencial, claro está, ao esquema de poder e esplendor que uma rainha deve ter; e contrário às religiões de renúncia, onde não há mulheres. As religiões de poder precisam de uma grande rainha e rainha-mãe. Lá está ela, pois, no Apocalipse, o livro de um frustrado culto do poder.

Depois de a grande Mãe fugir do dragão, todo o Apocalipse muda de tom. De repente entra em cena o Miguel Arcanjo; o que é um grande salto em relação aos quatro seres estrelados com ar de animal que, até agora, tinham sido querubins.

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Capa do livro Apocalipse
Páginas: 180
Página atual: 124

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 27
Capítulo 6 33
Capítulo 7 46
Capítulo 8 69
Capítulo 9 75
Capítulo 10 77
Capítulo 11 89
Capítulo 12 99
Capítulo 13 102
Capítulo 14 107
Capítulo 15 112
Capítulo 16 122
Capítulo 17 128
Capítulo 18 143
Capítulo 19 149
Capítulo 20 155
Capítulo 21 160
Capítulo 22 161
Capítulo 23 162
Capítulo 24 170