Apocalipse - Cap. 16: Capítulo 16 Pág. 123 / 180

«E deu à luz um filho varão, que havia de reger todas as gentes com vara de ferro; e seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. E a mulher fugiu para o deserto, onde tinha um retiro, que Deus lhe havia preparado, para nele a sustentarem por mil e duzentos e sessenta dias.

«Então houve no céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejava contra ele; porém, estes não prevaleceram, nem o seu lugar se achou mais no céu. E foi precipitado aquele grande dragão, aquela antiga serpente, que se chama o Diabo, e Satanás, que seduz todo o mundo; sim, foi precipitado na terra, e precipitados, com ele, os seus anjos.»

Trata-se, de facto de um fragmento que é eixo central do Apocalipse. Algo parecido com um mito pagão tardio inspirado em vários mitos gregos, egípcios e babilónicos. É provável que, muitos anos antes de Cristo nascer, o primeiro apocalipta o tivesse acrescentado ao manuscrito pagão original para dar a sua visão do nascimento de um Messias com origem solar. Associada, porém, aos quatro cavaleiros e às duas testemunhas, é difícil conciliar com uma visão judaica aquela deusa vestida de sol e pousada na lua crescente. Se os Judeus odiavam os deuses pagãos, mais do que odiavam as grandes deusas pagãs; evitavam o mais possível falar delas.





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